05 abril 2006

A liberdade de imprensa do PT...

Como vê a liberdade de imprensa no governo Lula?

Esse governo pressionou a Record (para demiti-lo). Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu. Eram três assuntos que eles (governo) não queriam nem que se tocasse. Caso Banestado (remessa ilegal de dinheiro para aplicações no Exterior por meio do banco), o compadre do Lula, Roberto Teixeira (advogado da Transbrasil, acusado de operar esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras do PT) e o assassinato do (ex- prefeito de Santo André) Celso Daniel. Eu insistia que acabariam em pizza.

Houve ameaça direta a você?

Não. Houve o telefonema do Zé Dirceu (para a Record). A diretoria me pôs a par: “Ele disse que vai prejudicar a Record e você pessoalmente se não parar”. Essa foi a última (ameaça)... vinha uma série. O Zé Dirceu caiu em 13 de fevereiro, meu aniversário. Depois que ele caiu, as pressões foram reduzidas. As ameaças (aconteceram) direto para o presidente da Record, que era o Dênis Munhoz.

Outro político acenou com ameaça?

Nós recebemos um relatório do diretor do escritório de Brasília da Record, que participou de uma reunião em Brasília – as emissoras acertavam questões de publicidade com o governo. Dizia: “Olha, com o Boris Casoy não dá para ter publicidade”. Me contaram ainda que o (Luiz) Gushiken (ex-secretário de Comunicação) tinha insinuado para o presidente da Record: “Com o Boris lá fica difícil o relacionamento com vocês”. Houve telefones de gente da bancada evangélica: “Olha, o Zé Dirceu reclamou. Isso atrapalha a gente”.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Que pena que o Bóris saiu...
Ele fazia os links das alinaças de agora com o que aconteceu no passado, para nso lembrar da indecência dos srs deputados. A pressão relatada mostra que o governo atual quer ser popular, mas democrático não será nunca !!!

4:46 PM  

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